Semente de Vida

Neste blog você entrar sementes de vida que contribuirão para sua edificação. São parábolas e histórias que nos dão lições de vida e nos fazem crescer.

Minha foto
Nome:
Local: Manaus, Norte/Amazonas, Brazil

segunda-feira, março 15, 2010

A mesa onde comeremos

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos.

A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.

A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:
- "Nós temos que fazer algo sobre o Vovô. Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão "

Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar junto a mesa.

Desde que o avô quebrou alguns pratos, a comida dele passou a ser servida em uma tigela velha de madeira.

Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.

O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança:

- "O que você está fazendo?"

Da mesma maneira dócil , o menino respondeu:
- "Oh, eu estou fabricando uma pequena mesa e uma tigela para você e mamãe comerem quando ficarem velhos."

As palavras do menino golpearam os pais. Entre lágrimas, caíram em si. Desde então, o vovô voltou a comer junto a mesa familiar e eles fizeram compromisso de cuidar dele com todo amor carinho pelo resto de sua vida.

Marcadores: , , , , , ,

Os monges e as cargas que levamos

Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.

De modo sedutor, olhou para o mais jovem e insinou-se:

- Oh! a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que você poderia me carregar até o outro lado do rio?

O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio.


O velho monge então respondeu, calmamente:


- Ora, ora, ora! Eu pensei que só eu tivesse carregado aquela jovem.

E, dando de ombros, continuou a caminhar.


Quantos sentimentos ruins nós insistimos em carregar conosco?

Quantas experiências negativas do passado continuamos carregando?

Caminha mais leve quem, ao atravessar o rio, deixa para trás tudo que passou.

Marcadores: , ,