Semente de Vida

Neste blog você entrar sementes de vida que contribuirão para sua edificação. São parábolas e histórias que nos dão lições de vida e nos fazem crescer.

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Local: Manaus, Norte/Amazonas, Brazil

sexta-feira, agosto 26, 2016

Escrevendo na Areia

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viajem discutiram.
O outro, ofendido, sem nada a dizer,escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oasis, onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se,pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que lhe bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:
- Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarrega de apagar; porém quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

Viva como as Flores

-Mestre,  como  faço  para  não me aborrecer?
Algumas  pessoas falam  demais,  outras  são  ignorantes. Algumas  são indiferentes. Sinto ódio das  que são  mentirosas.  Sofro com as que caluniam.

-Pois viva como as flores!,  adver

-Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.

-Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando  lírios que  cresciam no jardim. Elas nascem no esterco,  entretanto são puras e perfumadas. Extraem  do adubo  malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que  o  azedume da terra manche o frescor de  suas pétalas.

É justo  angustiar-se  com  as próprias  culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos   outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são  seus, não  há  razão  para  borrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar   todo  mal que vem de fora.

-Isso é viver como as flores!

(autor desconhecido)

Examinem tudo, fiquem com o que é bom e evitem todo tipo de mal.

I Tessalonicenses 5.21
tiu o mestre.

Nada muda o seu valor

Um conferencista muito conhecido começa a sua palestra mostrando uma nota de R$ 100 e pergunta à platéia: Quem gostaria de ter esta nota?
As mãos começaram a levantar-se. Então ele diz: Vou dar esta nota de 100 reais a um de vocês, mas antes, deixem-me fazer uma coisa...

Ele amassa a nota com força e novamente pergunta: "Então, ainda querem esta nota?
As mãos continuam a levantar-se. Ele espera mais um momento e fala: Está bem, mas o que acontece se eu fizer isto...
Ele coloca a nota amassada no chão e pisa sobre ela com os dois pés, com toda a força, e mete em cima todo o lixo que estava no chão. Ao final, pergunta: Quem é que ainda quer esta nota?

Claro, as mãos continuaram a levantar-se. Então, ele finaliza com as seguintes palavras: Meus amigos, vocês acabam de aprender uma lição... Pouco importa o que eu faço com esta nota, todos continuam a querê-la. Isso porque o valor dela, mesmo amassada e suja, é igual, e vale sempre 100 reais. Da mesma forma, pense em si, na sua vida. Várias vezes você foi pisado, magoado, rejeitado, por pessoas e coisas. Teve a impressão de que não valia mais nada, mas, na realidade, o seu valor não mudou aos olhos das pessoas que o amam.
Conclusão: O valor de uma pessoa não se mede pelo que fez ou não. Ela poderá sempre recomeçar e conseguir alcançar os seus objetivos, porque o seu valor próprio estará intacto.

Quem é o bobo



Conta-se que numa pequena cidade do interior da Rússia um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas - uma grande de 400 kopecs e outra menor, de dois mil rublos. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
Respondeu o não tão tolo assim:
ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.

terça-feira, agosto 16, 2016

O que você não recebe, não te afeta.

Perto de Tóquio, vivia um antigo samurai que agora se dedicava a ensinar aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.

Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção,gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.

Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram:
— Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?
O samurai respondeu:
— Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

Respondeu um dos discípulos:
— A quem tentou entregá-lo

O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade.
Só te afeta, se você permitir!

Enchei-vos

Três jovens chegaram para o padre e perguntaram:
- Padre, a Palavra diz "enchei-vos do Espírito Santo", mas como se faz isso?
O padre lhes entregou uma peneira e disse:
Vão até o rio e encham essa peneira com água, quando conseguirem vocês terão a resposta.
Os três jovens foram um tanto quanto duvidosos.Chegando no rio, eles tentaram mas não conseguiram.
Dois disseram:
- Aquele padre está louco! Vamos embora, senão ficaremos o dia todo aqui.
Horas mais tarde, o padre foi até aquele rio e encontrou apenas um dos jovens que mergulhava a peneira e levantava, repetidas vezes.
Ao ver o padre ele disse meio triste:
- Ah, padre, quando eu mergulho a peneira no rio ela fica cheia, mas quando tiro ela esvazia!
- Ele disse:Essa é a sua resposta meu jovem! Você só poderá ser cheio do Espírito Santo enquanto permanecer mergulhado n'Ele.
Se sair esvazia.

Flores da sinceridade

Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar à casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração.

Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.

A filha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades.

O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.

As três Peneiras

Conta-se que certa vez um amigo procurou Sócrates para contar-lhe uma informação que julgava de seu interesse:

Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
Espera um momento,disse Sócrates
– Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.

– Três peneiras? Que queres dizer?
– Vamos peneirar aquilo que queres me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção: A primeira é a Peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
– Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

E Sócrates continuou:
– A segunda peneira é a da BONDADE. O que queres falar é bom para os envolvimento? Servirá para o bem?
Envergonhado, o homem respondeu:
– Devo confessar que não.

– A terceira peneira é a da NECESSIDADE. Pensaste bem se é necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Vai resolver alguma coisa? Ajudar alguém? Melhorar alguma coisa?

– Necessário? Na verdade, não.
– Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem necessário, então é melhor que o guardes apenas para ti.

quinta-feira, junho 30, 2016

O colar de turquesas azuis

O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Seus olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.

Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. Então, disse ao balconista:

– É para minha irmã, você pode fazer um pacote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e perguntou:

– Quanto dinheiro você tem?

Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e disse:

– Isso dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

– Sabe, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é seu aniversário e tenho certeza de que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos.

O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul.

– Tome, disse para a garotinha. Leve com cuidado.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.

Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou:

– Este colar foi comprado aqui?

– Sim senhora - respondeu o dono da loja.

– E quanto custou?

– Ah, o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.

– Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. E este colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo:

– Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha.

O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomavam o embrulho.

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A mação mais doce

Um garoto segurava em suas mãos duas maçãs. 

Seu pai se aproximou e lhe pediu com um belo sorriso: 

- "filho, você poderia dar uma de suas maçãs para o papai?" 

O menino levanta os olhos para seu pai durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. 

O pai sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ele tenta não mostrar sua decepção quando seu filho lhe dá uma de suas maçãs mordidas. 
O pequeno olha para seu pai com um sorriso de anjo e diz: 

- "É essa a mais doce, papai."

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Os 3 pedidos de Alexandre

PERTO DE MORRER, ALEXANDRE, O GRANDE, FEZ 3 PEDIDOS AOS SEUS MINISTROS:

1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época;

2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu túmulo;

3) Que suas mãos ficassem fora do caixão e a vista de todos.

Os ministros surpresos perguntaram quais são os motivos?

Ele respondeu:

1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder nenhum sobre a morte.

2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.

3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e de mãos vazias voltamos.

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O POTE RACHADO

Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Senhor para quem o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava com água apenas pela metade.

Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição. Sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que lhe havia sido designado fazer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote rachado, um dia, falou para o carregador à beira do poço: — Estou envergonhado. Quero lhe pedir desculpas.

— Por que? — perguntou o homem. — De que você está envergonhado?

— Nesses dois anos — disse o pote — eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. Por causa do meu defeito você não ganha o salário completo dos seus esforços.

O carregador ficou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão, falou: — Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as flores ao longo do caminho.

De fato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou muitas e belas flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas, no fim da estrada, o velho pote ainda se sentia mal, porque, mais uma vez, tinha vazado a metade da água, e, de novo, pediu desculpas ao carregador por sua falha.

O carregador, então, disse ao pote: — Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

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O LENHADOR E A RAPOSA

Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!

Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.

Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranqüilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

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segunda-feira, março 15, 2010

A mesa onde comeremos

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos.

A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.

A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:
- "Nós temos que fazer algo sobre o Vovô. Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão "

Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar junto a mesa.

Desde que o avô quebrou alguns pratos, a comida dele passou a ser servida em uma tigela velha de madeira.

Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.

O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança:

- "O que você está fazendo?"

Da mesma maneira dócil , o menino respondeu:
- "Oh, eu estou fabricando uma pequena mesa e uma tigela para você e mamãe comerem quando ficarem velhos."

As palavras do menino golpearam os pais. Entre lágrimas, caíram em si. Desde então, o vovô voltou a comer junto a mesa familiar e eles fizeram compromisso de cuidar dele com todo amor carinho pelo resto de sua vida.

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Os monges e as cargas que levamos

Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.

De modo sedutor, olhou para o mais jovem e insinou-se:

- Oh! a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que você poderia me carregar até o outro lado do rio?

O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio.


O velho monge então respondeu, calmamente:


- Ora, ora, ora! Eu pensei que só eu tivesse carregado aquela jovem.

E, dando de ombros, continuou a caminhar.


Quantos sentimentos ruins nós insistimos em carregar conosco?

Quantas experiências negativas do passado continuamos carregando?

Caminha mais leve quem, ao atravessar o rio, deixa para trás tudo que passou.

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